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Zé Ramalho completa 76 anos com uma trajetória consolidada como uma das vozes mais particulares da música popular brasileira. Sua obra combina rock, ritmos nordestinos, poesia popular, psicodelia e crítica social, elementos presentes desde antes da estreia como artista profissional, em 1978, com o álbum que ficou conhecido como “o disco do Avôhai”.
Antes da carreira fonográfica, o artista já circulava entre bandas de rock na Paraíba e produções literárias, como o cordel Apocalypse Agalopado, publicado em 1975. O impacto de seus primeiros discos coincidiu com a chegada de diversos artistas nordestinos às grandes capitais, período em que sua estética se destacou pela fusão de referências regionais, sonoridades urbanas e temas místicos.
A presença de palco marcante, a voz característica e o repertório de influências amplas ajudaram a projetar o nome de Zé Ramalho como referência do psicodelismo e da contracultura dentro da MPB. Sua escrita, associada tanto ao folk-rock quanto às tradições do Sertão, tornou-se um dos pilares da identidade artística que ele preserva há décadas.
Além da produção autoral, entre 1991 e 2022 o músico lançou diversos álbuns dedicados a interpretações de artistas que influenciaram sua formação, incluindo Raul Seixas, Bob Dylan, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e os Beatles. As releituras reforçaram a faceta de intérprete capaz de absorver e adaptar diferentes repertórios ao seu estilo.
Ao longo da carreira, Zé Ramalho acumulou mais de 30 álbuns e cerca de 6 milhões de cópias vendidas, com destaque para 20 Anos: Antologia Acústica (1997), que ultrapassa 1 milhão de unidades. Do trabalho de estreia ao mais recente, Ateu Psicodélico, sua produção manteve público fiel e renovado, sustentada por uma identidade musical que atravessa gerações e permanece central na cultura brasileira.
Da redação, Weber Gomes.
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